Imagine que você trabalha em uma empresa que quer monitorar o perfil dos clientes que compram produtos em sua plataforma online. Se você recebe centenas de visitas diárias em sua página, analisar manualmente cada detalhe que pode ajudar a definir os perfis de usuários se torna caro e demorado. Devido ao grande volume de dados, você decide usar aprendizagem não supervisionada para automatizar essa tarefa e te ajudar a reduzir esses clientes em grupos para que você possa identificá-los melhor.
Aprendizagem não supervisionada é uma técnica de machine learning onde o modelo é treinado com dados que não possuem rótulos. Diferente da aprendizagem supervisionada, onde as respostas corretas são fornecidas, a aprendizagem não supervisionada tenta encontrar padrões e estruturas ocultas nos dados por conta própria. Nesses casos os padrões e relacionamento entre os dados geralmente não são visíveis a "olho nu" e, por isso, a máquina usa o seu poder de associação e de encontrar essas relações entre os elementos para aprender e gerar previsões.1
Entrada de dados: O modelo recebe um grande conjunto de dados sem qualquer rótulo ou indicação sobre o que cada dado representa.
Identificação de padrões: O modelo analisa os dados e tenta identificar padrões ou agrupamentos. Ele pode, por exemplo, descobrir que certos dados têm características semelhantes e agrupá-los.
Previsão: Com base nos padrões identificados, a máquina vai estabalecer as conexões do que pode ser associado e criar novas sugestões ou detectar anomalias que não puderam ser observadas somente olhando os dados.
Segmentação de clientes: Imagine que você trabalha em uma empresa de marketing e quer entender melhor seus clientes para criar campanhas mais eficazes. Com aprendizagem não supervisionada, você pode alimentar o modelo com dados de comportamento de compra dos clientes, como histórico de compras, visitas ao site e preferências de produtos. O modelo pode identificar grupos de clientes com comportamentos semelhantes, permitindo que você segmente seus clientes em diferentes categorias e crie campanhas personalizadas para cada segmento.
Agrupar notícias: Um portal de notícias recebe milhares de artigos diariamente. Classificar manualmente cada artigo em categorias seria impraticável. Usando aprendizagem não supervisionada, o modelo pode analisar os textos dos artigos e agrupar automaticamente aqueles que tratam de temas semelhantes, como política, esportes, tecnologia, etc. Isso ajuda a organizar o conteúdo de maneira eficiente e oferece aos leitores uma navegação mais intuitiva.
Redução de dimensionalidade: Em biologia, pesquisadores lidam com grandes conjuntos de dados genéticos. Esses dados têm muitas variáveis e analisar todas pode ser complicado. Usando técnicas de aprendizagem não supervisionada como Análise de Componentes Principais (PCA), os cientistas podem reduzir a dimensionalidade desses dados, identificando os componentes mais importantes e facilitando a visualização e interpretação das informações.
Recomendação de produtos: Plataformas de e-commerce, como a Amazon, usam aprendizagem não supervisionada para recomendar produtos. O modelo analisa os comportamentos de compra dos usuários, como os itens que visualizaram ou compraram, e identifica padrões sem a necessidade de rótulos. Com base nesses padrões, ele pode recomendar produtos que outros usuários com comportamentos semelhantes compraram, melhorando a experiência de compra.
Segurança da informação: Empresas de segurança cibernética utilizam aprendizagem não supervisionada para detectar atividades incomuns ou suspeitas em suas redes. O modelo analisa o tráfego de rede e os logs de atividades, identificando padrões normais de comportamento. Qualquer desvio significativo desses padrões pode ser sinalizado como uma potencial ameaça, ajudando a detectar intrusões ou ataques cibernéticos em tempo real.
Imagine que você tenha uma grande coleção de fotos de viagem. Ao fazer o upload dessas fotos para o Google Fotos, o sistema automaticamente as organiza em álbuns baseados em locais, datas e até mesmo reconhecimento de objetos. Por exemplo, ele pode criar álbuns separados para suas viagens à praia, montanha e cidade, além de identificar automaticamente fotos de animais, comidas e monumentos. Mas como será que ele faz isso sem saber (quase) nada sobre você e de outros usuários?
Análise de características: O Google Fotos usa algoritmos avançados de visão computacional para analisar as características visuais de cada imagem, como cores, formas, objetos e até mesmo reconhecimento de rostos. Além disso, ele usa as configurações de seu GPS para identificar onde você está para poder marcar isso nas fotos e usar a visao computacional para estudar a paisagem de fundo.
Agrupamento automático: Com base nessas características, o sistema do Google Fotos agrupa automaticamente fotos que são visualmente semelhantes ou que possuem as mesmas características. Ele pode identificar e agrupar fotos de pessoas, animais, paisagens, objetos e eventos.
Apresentação e visualização: Após o agrupamento, o Google Fotos apresenta as fotos em álbuns ou coleções organizadas por categoria. Ele também oferece recursos de busca inteligente, permitindo que você encontre fotos específicas usando palavras-chave ou reconhecimento de objetos.
A organização automática de fotos pelo Google Fotos pode ser útil para:
Facilitar a navegação: Permitir que você encontre rapidamente fotos específicas sem percorrer manualmente toda a coleção.
Permitir o compartilhamento simples: Facilitar o compartilhamento de fotos com amigos e familiares por meio de álbuns organizados e apresentações de slides automáticas.